sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Cristãos São Reconciliadores

O Rio de Janeiro está vivendo dias tensos. Principalmente nas favelas onde estão concentrados os confrontos entre policiais e traficantes. De tantas coisas que se fala neste momento na Cidade Maravilhosa, me chamou a atenção a frase que o capitão do BOPE disse: “Eu creio que a tarefa de perdoar os traficantes cabe a Deus, a nós, cabe apenas promover o encontro entre eles”. Algumas coisas se destacam na frase do capitão que precisam ser esclarecidas.

Primeiro: o perdão verdadeiro dos pecados vem de Deus, e Ele proveu isto no sangue do seu Filho. Isto é verdade absoluta! Ignorando esta verdade o encontro do homem com Deus será para a condenação. A Bíblia diz: “Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus”. João 3.18. É preciso crer em Jesus para estar apto a comparecer diante de Deus e receber a vida eterna. Isto é uma decisão tomada em vida. Deus deseja que as pessoas se encontrem com Ele reconciliados pela fé no seu Filho. É preciso crer.

Segundo: a tarefa de promover o encontro entre o homem e Deus cabe a todos os cristãos. A Bíblia diz: “E tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação; Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação”. 2º Coríntios 5.18,19. Nossa arma nesta tarefa de reconciliação é a pregação do Evangelho. Crendo nele os homens descobrem a graça de Deus oferecendo seu filho para morrer pelos nossos pecados. Aceitando este fato pela fé, a paz é selada entre Deus e os homens. Esta reconciliação deve acontecer em vida. Cristãos, temos uma missão reconciliadora! Não foi ao BOPE que Deus deu este ministério, mas a seus filhos. A Bíblia diz: “De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus”. 2º Coríntios 5.20
Obreiro Paulo Rocha – obr.pauloroch@gmail.com

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Precisa-se de Pais Responsáveis

“Estamos tão preocupados com o tipo de Planeta que vamos deixar para nossos filhos que esquecemos de nos preocupar com o tipo de filhos que vamos deixar para o nosso Planeta”. Frase profunda que merece reflexão, ainda mais com o tipo de educação familiar dispensada aos filhos no momento. Pergunto: “Que tipo de sociedade será construída por pessoas sem limites e sem disciplina?”. Já estamos sofrendo as conseqüências do descaso dos pais na educação dos filhos. Quero falar de uma categoria que está sofrendo muito com isto: “os professores”. Está havendo um verdadeiro massacre a estes profissionais por marginais travestidos de alunos. Há bons tempos atrás eles tinham o direito de nos corrigir em tudo, isto com a devida autorização dos pais. Hoje são humilhados por aqueles que lhes devem o mais alto respeito. Quem são os culpados por isso? Digo que são os pais os maiores responsáveis. Muitos nunca se preocuparam em ensinar limites e respeito aos filhos, criando-os sem disciplina nenhuma. Os pais devem ser responsabilizados pelas atitudes malcriadas de seus filhos e que estejam conscientes que são os responsáveis pelo tipo de pessoas que estão colocando no mundo.

As Escrituras servem para a nossa orientação em todas as coisas, inclusive, a criação de filhos. A Bíblia diz: “Pais, não tratem os seus filhos de um jeito que faça com que eles fiquem irritados. Pelo contrário, vocês devem criá-los com a disciplina e os ensinamentos cristãos”. Efésios 6.4. Pais, vocês sabem qual a maneira de tratar os filhos que vai irritá-los? Eu digo: “crie eles sem disciplina nenhuma, não imponha limites, não ensine o valor das coisas e dê tudo o que eles pedirem. Quando eles “quebrarem” a cara na vida por falta de disciplina e por não conhecerem limites, eles vão lembrar muito bem de quem devia ter ensinado isso para eles. Por que você acha que existe tanto filhos rebeldes contra os pais chegando até mesmo a homicídios? Como diz aquele ditado: “Quem cria cobra vai acabar sendo picado por ela”. Lembre-se: “Quem não respeita em casa, não vai respeitar fora”.


Obreiro Paulo Rocha – obr.pauloroch@gmail.com



terça-feira, 16 de novembro de 2010

Somos Pecadores!

A palavra de Deus é como um espelho. Quando a lemos somos confrontados com aquilo que de fato somos. Um espelho mostra a nossa imagem refletida. Podemos ver se estamos limpos e bem arrumados, ou sujos e maltrapilhos. Ele refletirá como estamos. Quando nos colocamos diante da Palavra de Deus, esta também refletirá não o nosso exterior, mas sim o interior, o nosso coração. Mas podemos nos enganar. Uma passada superficial diante do espelho nos leva a sair de lá tendo uma imagem enganosa de nós mesmos. Assim também com as Sagradas Escrituras. Sem profundidade, vamos nos enganar. Não alcançaremos o conhecimento de como está o nosso coração diante de Deus.  
Eu tenho ouvido de pessoas uma frase assustadora: Elas dizem: “Não tenho pecado nenhum, não sou pecador. Sou uma boa pessoa!”. É assustadora por que reflete a falta de conhecimento do que a Palavra ensina. Estas pessoas não estão cometendo só o pecado de enganarem-se a si mesmas, mas ofendendo a Deus. A Bíblia diz: “Se dizemos que não temos pecados, estamos nos enganando, e não há verdade em nós. Mas, se confessarmos os nossos pecados a Deus, ele cumprirá a sua promessa e fará o que é certo: Ele perdoará os nossos pecados e nos limpará de toda maldade. Se dizemos que não temos cometido pecados, fazemos de Deus um mentiroso, e a sua mensagem não está em nós”. 1º João 1.8-10. Enganar-se a si mesmo, não ter a verdade e fazer de Deus um mentiroso. Que terríveis acusações! Estas pessoas sabem pouco ou nada das Escrituras. Talvez tenham uma Bíblia em casa aberta na mesma página o ano todo, como amuleto somente. A Escritura é muito mais: “É o poder de Deus para salvar”. Se você não leu superficialmente os versículos acima, você verá que existe uma solução para o ser humano: “Se confessarmos os nossos pecados, Deus nos perdoará e nos limpará das nossas maldades”. A superficialidade nos engana, não deixa ver quem somos, nem a solução de Deus para nós!
Obreiro Paulo Rocha

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Nascer de Novo

A frase “nascer de novo” pertence a Jesus (Evangelho de João 3.1-18). Como uma pessoa nasce de novo? Para você ter uma idéia, pense em seu próprio nascimento. Volte o vídeo para o começo de sua vida, e pare nos primeiros momentos. Olhe para si mesmo. Novinho. Olhos novos. Boca nova. Nada de segunda-mão. Tudo original.
Agora me diga: Quem lhe deu essas partes? Quem lhe deu olhos para que conseguisse ver? Quem lhe deu mãos para que conseguisse trabalhar? Quem lhe deu pés para que conseguisse andar? Você fez seus próprios olhos? Suas próprias mãos? Seus próprios pés?
Não, você não fez nada. Deus fez tudo. Foi ele quem fez todas as coisas novas da primeira vez, e é ele quem fará tudo novo pela segunda vez. O Criador cria nova-mente! "Se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo" 2º Coríntios 5.17.
Eis (posso me aventurar a dizer?) o maior milagre de Deus. É surpreendente quando Deus cura o corpo. É extraordinário quando Deus ouve a oração. É incrível quando Deus provê um novo emprego, um novo carro, um novo filho. Mas nada disso se compara com a nova vida que Deus cria. Em nosso novo nascimento, Deus refaz nossa alma e nos dá, mais uma vez, o que precisamos. Olhos novos, para vermos pela fé. Mente nova, para termos a mente de Cristo. Força nova, para não ficarmos cansados. Visão nova, para não perdermos o entusiasmo. Voz nova para louvar e mãos novas para servir. E, acima de tudo, um coração novo. Um coração que foi purificado por Cristo.
E... ah, como precisamos disso. Maculamos o que Ele nos deu da primeira vez. Usamos nossos olhos para ver impurezas, nossas mãos para dar sofrimentos, nossos pés para andar no caminho errado, nossa mente para alimentar pensamentos malignos. Todos nós precisamos ser renovados.
O primeiro nascimento foi para a vida terrena; o segundo, para a vida eterna. Da primeira vez, recebemos um coração físico; da segunda, recebemos um coração espiritual. O primeiro nascimento permitiu-nos ter uma vida na terra. O segundo nascimento permite-nos ter a vida eterna.
Mas a analogia contém outra verdade. Posso lhe fazer outra pergunta acerca do seu nascimento? Qual a sua parte no processo? (Não me olhe desse jeito. Claro que estou falando sério.) Quanto você trabalhou? Foi você que colocou suas mãos sobre o ventre e empurrou-se para fora? Você estava se comunicando com sua mãe pelo rádio, dizendo-lhe quando empurrar? Será que o médico lhe pediu que medisse as contrações e desse informações sobre as condições internas? Dificilmente. Você foi passivo. Se você nasceu, não foi por aquilo que fez. Alguém fez todo o trabalho. Alguém sentiu toda a dor. Sua mãe é que fez todo o trabalho de empurrar e lutar. Seu nascimento resultou do esforço de outra pessoa. O mesmo acontece em nosso nascimento espiritual. É pelo sofrimento de Deus que nascemos. Não por nosso esforço, mas pelo esforço de Deus. Não é nosso o sangue derramado, é o dEle.
O pecado começou quando Eva olhou para a árvore (veja Gn 3.6). A salvação vem quando olhamos para Cristo. Simplicidade espantosa. Resumida na grande promessa de João 3.16: "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna".
Max Lucado do livro “O Trovão Gentil – Ouvindo Deus na Tormenta” de Max Lucado, Rio de Janeiro: CPAD, copyright, 1996.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Siga a Verdade

Alguns ditados populares tornam-se tão comuns e corriqueiros que acabam sendo aceitos como verdades absolutas. Todos já ouvimos: “A voz do povo é a voz de Deus!”. Que erro tremendo aceitar isto como verdade. Acredito que são as Leis de Deus que devo seguir e obedecer e não o que a maioria sem entendimento das Sagradas Escrituras dita como certo. Quem normalmente “crê” na dita sabedoria popular, segue a multidão, o que ela aceita como certo em tema de comportamento, moda e até mesmo religião, afinal crêem alguns: “O povo está fazendo, Deus está aprovando!”. O que estamos vendo hoje claramente? A Palavra de Deus deixada de lado para darem crédito a pessoas que com suas frases de efeito, mas sem nenhum valor de fato, levam muitos ao erro e a rebeldia contra Deus. A Bíblia diz: “Tenham cuidado para que ninguém os torne escravos por meio de argumentos sem valor, que vêm da sabedoria humana. Essas coisas vêm dos ensinos de criaturas humanas e dos espíritos que dominam o universo e não de Cristo” Colossenses 2.8. Não por acaso, estamos vivendo em uma sociedade relativista, isto, por que seguem as “verdades” humanas que mudam constantemente.
Jesus Cristo é claro em afirmar a fonte da verdade orando ao Pai: “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade”. João 17.17. A Palavra de Deus é imutável, eterna e tem o poder de nos transformar para vivermos segundo o padrão que Deus deseja, ou seja: “a santidade”. Jamais agradaremos a Deus vivendo segundo o padrão estabelecido pelos homens. A Bíblia diz:Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus 1º Coríntios 6.9,10. Segundo a sabedoria humana muitas destas práticas são aceitas como normais. Não se engane! Siga a verdade, e a verdade que vem de Deus. Esta é a Palavra que jamais passará. Ela permanecerá para sempre! A Bíblia diz: “O céu e a terra desaparecerão, mas as minhas palavras ficarão para sempre”. Mateus 24.35. Amém!
Obreiro Paulo Rocha

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Fortaleça-se no Senhor

Como você tem se portado em momentos de grandes desafios? Quando surgem lutas e dificuldades, qual tem sido a sua postura? E diante de situações em que você é exigido ao limite? Não são poucos os momentos desgastantes que enfrentamos. Chegam sem pedir licença, nos atropelam nos tiram o chão e muitas vezes nos levam ao medo e ao desespero. Quem aparece nestas horas? Um lutador ou um derrotado? Um forte ou um fraco? Uma boa ou má pessoa? Uma frase muito interessante de Tomás de Kempis diz: “Quanta virtude cada um possui, melhor se manifesta na ocasião da adversidade; pois as ocasiões não fazem o homem fraco, mas revelam o que ele é”. Nossas máscaras caem em momentos de angústias. É nas situações mais tenebrosas que é revelada nossa força, nosso caráter e integridade. A Bíblia diz: “Se te mostras fraco no dia da angústia, a tua força é pequena”. Provérbios 24.10
Quantas pessoas caem diante das dificuldades? As adversidades surgem e testam suas forças e o mais íntimo do seu ser. Nestas horas o caráter é exposto, aparece a verdadeira pessoa escondida que não conhecíamos, nem nós mesmos. Os que confiam somente em suas próprias forças vão sucumbir, pois há situações que fogem ao controle da força e do conhecimento humano. Nestas horas em que o esforço próprio, o conhecimento e estruturas fracassam; o que fazer? Meu conselho é que você tenha confiança em Deus. Pessoas com uma fé inabalável em Deus vencem seus próprios limites, não por si mesmas, mas por causa d’Aquele em quem confiam. A Bíblia diz: “Dá força ao cansado e multiplica o poder ao que não tem nenhum vigor. Até os jovens se cansam e se fatigam, e os jovens tropeçam e caem, mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças. Subirão com asas como águias; correrão e não se cansarão, caminharão e não se fatigarão" Isaías 40. 29-31. Somente do Senhor vem a verdadeira força que pode nos levantar do chão, fortalecer o nosso caráter e nos manter íntegros.
Obreiro Paulo Rocha 

Negociando a Bênção com Deus - Igreja cédula

É como uma negociata, você quer alcançar uma bênção, resolver um problema, então faz uma proposta para Deus, uma promessa.

“A nossa igreja funciona, nós sabemos como colocar Deus para trabalhar para você!” esbraveja um famoso líder de uma grande igreja neo-pentecostal no Brasil. 

Em outras palavras ele pode estar dizendo que as outras igrejas não funcionam, só tomam tempo de você e, ainda mais, elas não conhecem Deus e não sabem como ele funciona, portanto, não conseguem fazer dar certo a religião que pregam. 

Por outro lado, esta publicidade tem sérias implicações bíblicas. Por exemplo, onde está na Bíblia que Deus tem de trabalhar para nós? Deus é Deus e nós suas criaturas, ele não precisa ser fiel a nós, mas nós a ele. Aliás, o hino em que diz “Deus é fiel a mim!” precisa de revisão. Neste sentido, o líder espiritual daquela igreja prega um evangelho essencialmente humanista e antropocêntrico e é nesta base que, para ele, Deus funciona. 

Ainda é preciso considerar que o “deus” daquele líder só funciona em troca de dinheiro, é um Deus cédula. Toma lá, dá cá. A mensagem dele é que se você quer uma bênção maior, precisa fazer um sacrifício maior. Para ele “sacrifício” é sinônimo de cédula, dinheiro vivo. 

Desta forma, toda vez que você quer receber algo de Deus e fica procurando o que pode fazer para agradá-lo, está seguindo o mesmo “protocolo” de acesso a Deus. É como uma negociata, você quer alcançar uma bênção, resolver um problema, então faz uma proposta para Deus, uma promessa se você me der isso, eu dou aquilo. Aí o Deus cédula vai ver se compensa e lhe responde. Se não der certo, você aumenta a proposta ou dificulta a penitência, para ver se pode agradá-lo. 

Se você, por exemplo, dá o dízimo ou alguma contribuição para a igreja seguindo este esquema está fazendo a mesma coisa. Sei que você vai mencionar Malaquias 3.10. E eu lhe peço para lembrar Lucas 9.23, quando Deus não quer apenas os seus 10%, mas 100% de sua vida. Vou lembrar ainda para você que Deus ama a quem dá com alegria (2 Co 9.7) e que a piedade aceita por Deus é com contentamento (1 Tm 6.6) e não por obrigação e, ainda mais, que as nossas justiças são como trapos de imundícia perante Deus (Isaías 64.6), isto é, por mais justo que eu queira ser, ainda assim, não consigo alcançar a justiça e retidão de Deus. Malaquias é da lei, o evangelho é da graça. Esqueça os 10% e dê 100%, tudo é de Deus. 

As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, elas se renovam a cada manhã (Lm 3.22,23). Eu não mereço nada, só devo gratidão ao Deus que me salvou e me revigorou com a sua graça. Tendo alimento, roupa e moradia, já é o suficiente (1 Tm 6.7,8). 

Lourenço Stelio Rega é teologo, educador e escritor

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Volte Pra Casa

A prática de usar coisas terrenas para esclarecer verdades celestiais não é uma tarefa fácil. Todavia, ocasionalmente, encontramos uma história, uma lenda ou fábula que transmite uma mensagem tão exatamente como centenas de sermões e com uma criatividade dez vezes maior. Esse é o caso da leitura abaixo. Eu a ouvi contada pela primeira vez por um pregador brasileiro em São Paulo. Embora a tivesse repetido inúmeras vezes, sua mensagem me aquece e me dá nova segurança sempre que faço uma recapitulação da história.
A casinha era simples mas adequada. Ela consistia de um quarto amplo numa rua empoeirada. Seu telhado de telhas vermelhas era um dentre os muitos naquele bairro pobre na periferia da cidade. Era uma casa confortável. Maria e sua filha, Cristina, haviam feito o possível para acrescentar cor às paredes cinzentas e calor ao chão de terra batida: um velho calendário, uma fotografia desbotada de um parente, um crucifixo de madeira. A mobília era modesta: um catre em cada lado do quarto, uma pia e um fogão a lenha.
O marido de Maria morrera quando Cristina era criança. A jovem mãe, recusando teimosamente casar-se de novo, arranjou um emprego e criou a filha do melhor modo que pôde. Agora, quinze anos mais tarde, os piores anos tinham passado. Embora o salário de doméstica recebido por Maria não lhes permitisse muitos luxos, ele era certo e fornecia às duas alimento e roupas. Cristina tinha também chegado a uma idade em que poderia arranjar um emprego e ajudar a mãe.
Alguns diziam que Cristina puxara à mãe em sua independência. Ela repelia a idéia de casar-se cedo e criar uma família, embora pudesse escolher entre vários pretendentes. Sua pele morena e olhos castanhos atraíam uma série de candidatos à sua porta. Ela tinha um jeito especial de jogar a cabeça para trás e encher o ambiente de riso. Tinha também aquela magia rara que algumas mulheres têm de fazer com que o homem se sinta um rei só por estar ao seu lado. Mas a sua maneira irônica de tratar as pessoas mantinha todos os homens a certa distância.
Cristina falava muito de ir para a cidade. Ela sonhava em trocar seu bairro poeirento por avenidas suntuosas e a vida citadina. Essa idéia horrorizava a mãe. Maria imediatamente lembrava Cristina dos males das cidades grandes. "As pessoas não conhecem você. Os empregos são difíceis de achar e a vida é cruel. Além disso, se fosse para lá, como iria viver?"
Maria sabia exatamente o que Cristina faria, ou teria de fazer para sustentar-se. Foi por isso que seu coração partiu-se ao acordar certa manhã e ver vazio o leito da filha. Maria soube na mesma hora para onde ela havia ido e sabia também o que deveria fazer para encontrá-la bem depressa. Jogou algumas roupas na mala, reuniu todo o dinheiro que tinha e saiu correndo de casa.
A caminho do ponto de ônibus entrou numa lojinha para a última compra. Fotos. Ela sentou-se na cabine de fotografia, fechou a cortina e tirou fotos suas, gastando quanto pôde. Com a bolsa cheia de fotografias preto-e-branco de si mesma, ela tomou o primeiro ônibus que saía para o Rio de Janeiro.
Maria tinha certeza que Cristina não conseguiria ganhar dinheiro com facilidade. Sabia, entretanto, que ela era teimosa demais para desistir. Quando o orgulho se encontra com a fome, o ser humano faz coisas que jamais pensava fazer antes. Tendo conhecimento disto, Maria começou suas busca. Bares, hotéis, boates, qualquer lugar onde pudesse haver uma meretriz ou prostituta. Foi a todos. E em cada lugar deixou sua foto — colada no espelho do banheiro, pregada num quadro de avisos de hotel, presa numa cabine telefônica. E no verso de cada uma escreveu uma nota.
Não demorou muito para que o dinheiro e as fotografias acabassem e Maria teve de voltar para casa. A mãe cansada chorou enquanto o ônibus iniciava sua longa jornada de volta para sua cidadezinha.
Algumas semanas depois a jovem Cristina desceu as escadas do hotel. Seu rosto mostrava-se pálido. Seus olhos castanhos não dançavam mais, alegres e buliçosos, mas falavam de sofrimento e medo. Seu riso se fora. Os sonhos que tivera se transformaram em pesadelo. Mil vezes quisera trocar aqueles inúmeros leitos por seu catre seguro. Todavia, a cidadezinha em que vivera se tornara de muitas formas distante demais.
Ao chegar ao pé da escada, seus olhos notaram um rosto familiar. Ela olhou de novo e ali no espelho do saguão estava uma fotografia da mãe. Os olhos de Cristina queimaram e sua garganta contraiu-se, enquanto atravessava o salão e removia a pequena foto. Escrita no verso da mesma achava-se este convite atraente: "O que quer que você tenha feito, o que quer que se tenha tornado, não importa. Por favor, volte para casa."
Foi o que ela fez.
"Ele (o Filho) que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser..."
Para mais meditações de Max Lucado visite o site www.iluminalma.com.br]
Copyright © 2005 Editora Vida Cristã. Todos os direitos reservados. Reproduzido com a devida autorização.
O livro de Max Lucado do qual este capítulo foi extraído, "Seu Nome É Salvador", pode ser encomendado da Editora Vida Cristã.

O Homem no Buraco - "Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas; mas terá a luz da vida". João 8.12

Leiam Filipenses 2.5-8
1º Timóteo 1.15

Chico Xavier, Era um Cristão?

Uma importante reflexão de Antonio C. Costa para os nossos dias em que existe muita confusão em torno da palavra e do que é ser de fato um “cristão”.


O Chico Xavier não era cristão. Não estou usando o adjetivo como sinônimo de gente boa. Cristão é o nome que é dado aos discípulos de Cristo aqueles que procuram imitá-lo e submeter sua vida intelectual a ele. Cristo nunca ensinou que estamos pagando nessa vida pelos pecados que praticamos numa vida da qual não nos lembramos. Jamais vimos, um discípulo seu, ser estimulado a buscar contato com seres humanos mortos. Quem anda com Cristo prefere a presença do Espírito Santo. 


Não há um só relato sequer nos evangelhos de sessões mediúnicas. Nenhum discípulo jamais passou pela experiência súbita de despersonalização em razão de haver sido possuído pelo espírito de um ser humano morto. Só vemos os discípulos recebendo o Espírito Santo, que quando veio sobre eles, os tornou mais eles do que eles jamais o foram, uma vez que o que neles havia de melhor se manifestou. 

Quando os discípulos escreviam, tratavam de orar, pensar e contar com seus próprios pensamentos e obra de revelação do Espírito Santo. Não havia psicografia, mas iluminação que respeitava sua individualidade. Os 27 livros do Novo Testamento mostram as características individuais de cada um. Todos foram honrados pelo Deus que se agradava em usá-los, a partir da revelação única que fazia de si mesmo por meio da singularidade da vida dos seus servos.

Eles não aguardavam reencarnação. Se alguém lhes dissesse que suas esperanças consistiam num retorno para esse presente mundo de injustiça e miséria, eles chorariam amargamente, uma vez que todos aguardavam novos céus e nova terra.

Eles praticavam obras de amor, mas jamais com o intuito de retornarem para uma vida melhor após a morte. Eles dependiam do sangue de Cristo para o perdão de pecado, e o bem que faziam, faziam-no porque amavam a Deus, e encontravam-se em estado de encanto, gratidão e espanto com o amor que lhes fora revelado na cruz.

Em suma, Chico Xavier não era cristão, pois ensinava espiritismo, não cristianismo.
Antonio C. Costa

Carta de Deus Para Você - Assista e Aceite o Amor de Deus

 

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Leis Injustas

Estou preocupado com a falta de critério na elaboração e aprovação de leis no nosso país. Falo de duas leis que testificam isto. A primeira é a lei que tenta tirar dos pais a autoridade de disciplinar seus filhos com castigo físico. A argumentação é de que este tipo de disciplina traz danos psicológicos para a criança. Isto é uma bobagem! Eu vou confessar algo: “até hoje, não conheço ninguém que tenha enfrentado o divã por causa da vara ou da palmada”. A Bíblia diz: “A estultícia (insensatez, tolice) está ligada ao coração da criança, mas a vara da disciplina (correção) a afastará dela”. Provérbios 22.15. Por isso, no tempo em que os pais se preocupavam com a disciplina dos filhos era diferente. Existia respeito pelos pais, pelos professores, pelos mais velhos, enfim, respeito pelo ser humano e pelas coisas de Deus. Não é isto que estamos precisando para a nossa nação? No entanto, não alcançaremos isto restringindo o bem.

Em contrapartida, existe a lei do divórcio. Esta lei sim é muito nociva para as crianças. Ela traz mais problemas psicológicos para os filhos do que os pais imaginam. Tenho ouvido de pais que se separaram que seus filhos foram parar em psicólogos. E não somente as crianças, mas os pais também passam pelo divã. Problemas causados por lares desfeitos são os que mais causam danos. No entanto esta lei do divórcio foi facilitada. Hoje, de um dia para o outro, se desfaz uma família por que a lei permite. Violentamos nossas crianças com leis injustas. Devíamos nos envergonhar por isso que estamos permitindo: “restringimos lhes o bem e legalizamos lhes o mal”. A Bíblia diz: “Mas fará (Deus) cair a sua ira e o seu castigo sobre os egoístas e sobre os que rejeitam o que é justo a fim de seguirem o que é mau”. Romanos 2.8 
Tenho visto a violência que os filhos sofrem quando há a separação dos pais, no entanto, a lei trata isto como normal. Falo sem medo de errar: “muitas pessoas que sofrem com problemas psicológicos é por problemas familiares como o divórcio, e não por que foram disciplinadas pelos pais”. Estas duas leis mostram a hipocrisia a que chegamos: “proibimos o bem (disciplina) e legalizamos o mal (divórcio)”. A Bíblia Diz: “Ai dos que decretam leis injustas, dos que escrevem leis de opressão” Isaías 10.1. Que Deus ajude nossas crianças!
Obreiro Paulo Rocha

domingo, 12 de setembro de 2010

Cristão, Vote Consciente

Estamos no limiar das eleições onde escolheremos nossos líderes para cargos importantes da nossa nação. Temos uma obrigação: “o voto consciente”. Não influenciado por pessoas ou benesses recebidas. Votemos conscientes de que temos o dever de construir uma grande nação e entregar a próxima geração um país livre de maus políticos. Algo importante que não devemos esquecer: “97% dos brasileiros se declaram cristãos”. Isto deve pesar na hora do nosso voto. Cristãos, votarão em pessoas que estejam comprometidas com os valores do cristianismo. Caso contrário, como querem muitos, excluiremos a autoridade das Escrituras do Brasil. Isto é grave. A Bíblia diz: “Um país sem a orientação de Deus é um país sem ordem. Quem guarda a lei de Deus é feliz”. Provérbios 29.18.

Como disse certo religioso: “A audácia do maus, se alimenta da covardia e da omissão do bons”. Com a orientação da Palavra eu já me decidi em quem não votar. Diante disso tomarei alguns cuidados. Excluirei do meu voto as pessoas que tem tentado institucionalizar na nossa pátria a iniqüidade. Iniqüidade é quando a maldade se torna tão comum que as pessoas nem sentem vergonha de cometê-la em público. Torna-se algo corriqueiro. Cito dois projetos de lei que estão sendo encaminhados “na moita” e que contribuirão muito para isto: a PLC 122/06 e PNDH 3. É do que gostam Chávez e Fidel: “ditadura e lei da mordaça”. São cópias da constituição de Cuba e Venezuela. Parece que alguns políticos se orientaram nas filosofias destas figuras para elaborarem tais projetos. Eu não sou fã destas pessoas, nem quero um governo parecido para a minha nação. Também não verão a cor do meu voto pessoas que aparecem mais nas páginas policiais e no ministério público para se defenderem de acusações graves; entenda-se: “roubo”, do que na tribuna defendendo a causa do povo. A Bíblia diz: “Quando os honestos governam, o povo se alegra; mas, quando os maus dominam, o povo reclama”. Provérbios 29.2. Que fique bem claro: Estou reclamando. Que Deus nos livre dos maus! Como disse Martin Luther King:“O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons”
Obreiro Paulo Roch

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

DEUS É SUFICIENTE

Pesquisas no campo da sociologia trazem dados cada vez mais assustadores. Vejamos dois destes dados: “Taxa de suicídios é maior nas regiões mais ricas de São Paulo. É nas regiões que concentram a população de maior renda, que estão as maiores taxas de suicídio da cidade: 6,3 ocorrências para 100 mil habitantes” e:“No Japão Em 2009, pelo 12° ano consecutivo, o número de pessoas que tiraram a própria vida ficou acima de 30 mil”. Na sua grande maioria os suicídios estão ligados a crises financeiras. Conquistar a independência financeira em São Paulo, a maior cidade do país, assim como no Japão, um dos países mais ricos do mundo parece não satisfazer as pessoas. É possível conseguir uma vida abastada, tanto em são Paulo como no Japão. Agora, as estatísticas desmentem a qualidade desta vida. Mesmo com situação financeira “estável”, estas pessoas tiram a própria vida. 


O problema está em alicerçar a vida em algo tão instável: “as riquezas”. A Bíblia diz: “Aos que têm riquezas neste mundo ordene que não sejam orgulhosos e que não ponham a sua esperança nessas riquezas, pois elas não dão segurança nenhuma. Que eles ponham a sua esperança em Deus, que nos dá todas as coisas em grande quantidade, para o nosso prazer!”. 1º Timóteo 6.17 Este é o grande mal das riquezas, elas são instáveis. Na última crise econômica, pessoas da noite para o dia passaram de ricas a pobres. Suas riquezas “voaram”. Esta é uma verdade das Escrituras. A Bíblia diz: “[...] Pois o seu dinheiro pode sumir de repente, como se tivesse criado asas e voado para longe como uma águia”. Provérbios 23.5.
A segurança verdadeira está somente em Deus. Ele é a nossa real necessidade. Nele está tudo o que de fato nos apraz. Deus nunca mudará, podemos viver a vida com o aval da sua fidelidade. A Bíblia diz: “Não se deixem dominar pelo amor ao dinheiro e fiquem satisfeitos com o que vocês têm, pois Deus disse: "Eu nunca os deixarei e jamais os abandonarei." Hebreus 13.5. Deus é suficiente.

Paulo Rocha – obr.pauloroch@gmail.com

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Amizades verdadeiras

O Brasil todo tem acompanhado o desenrolar da história do goleiro Bruno com muita expectativa. Ele está sendo acusado de matar sua amante com a qual teve um filho. Não se tem muita notícia do que ele tem falado. A única coisa até agora, foi uma possível conversa com um agente penitenciário na qual, ele teria dito do seu arrependimento de certas amizades conquistadas no Rio de Janeiro. As suas “amizades" têm sido mostradas diariamente na TV e como se diz: “Não são flor que se cheire”. Vários “amigos da onça”, mais próximos do goleiro possuem um histórico de crimes. Não são pessoas decentes e dignas de confiança. Sua situação atual está intimamente ligada a estas pessoas.


As amizades podem tanto ser uma fonte de benção, como uma fonte de maldição. A Bíblia diz: “Felizes são aqueles que não se deixam levar pelos conselhos dos maus, que não seguem o exemplo dos que não querem saber de Deus e que não se juntam com os que zombam de tudo o que é sagrado! Pelo contrário, o prazer deles está na lei do Deus Eterno, e nessa lei eles meditam dia e noite”. Salmos 1.1,2. Este salmo alerta para o fato da amizade destrutiva. Em primeiro lugar você se deixa levar pelos conselhos dos ímpios. Em segundo lugar você começa a seguir seus exemplos e por último você passa a estar junto nas mesmas práticas. Felizes são os que se afastam deste tipo de relacionamento. Se o Bruno tivesse como amigos pessoas que temem a Deus, que meditam em sua Palavra e seguisse os seus conselhos evitaria esta confusão. 


Portanto, rejeite as amizades que possam levar você a destruição. Valorize os verdadeiros amigos, aqueles que muitas vezes lhe repreendem quando vêem você fazendo algo errado, mas lhe amam e não querem que você se perca por caminhos tortos. Procure ser íntimo de pessoas que temem a Deus e tenham uma vida regrada. A Bíblia diz: “As pessoas honestas se desviam do caminho do mal; quem tem cuidado com a sua maneira de agir salva a sua vida”. Provérbios 16.17


Paulo Rocha – obr.pauloroch@gmail.com

Fé em Deus

A história bíblica e do cristianismo tem nos brindado com vários exemplos de pessoas que se mantiveram fiéis a Deus mesmo diante de situações terríveis, até mesmo com a perda de suas vidas. Muitos preferiram morrer a negar ou abandonar ao Deus único e verdadeiro. Não eram super heróis com poderes especiais. Eram pessoas normais, meros seres humanos. O que existia de especial nestas pessoas? Fé! E o que é fé? A Bíblia diz: “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que não se vêem”. Hebreus 11.1. A fé não tem nada a ver com pensamento positivo, que é a fé na fé. A fé verdadeira tem uma direção: Deus. Ele é o alvo da nossa fé. Primeiro por ser Deus. Segundo por seus atributos, entre os quais se inclui a fidelidade. A Bíblia diz: “A tua fidelidade estende-se de geração em geração...” Salmos 119. 90. A fé verdadeira não é jogar-se no escuro e ver o que vai dar. A fé verdadeira vislumbra a ação de Deus, mesmo onde não vemos sinal da sua presença. Não nos movemos pelo que vemos e sim no que cremos. Confiamos num Deus real e verdadeiro.


As situações suportadas pela fé foram as mais diversas. A Bíblia diz: “Muitos ofereceram sacrifícios agradáveis a Deus [...] andaram como peregrinos sabendo que tinham herança mais excelente nos céus [...] abriram o mar [...] derrotaram reinos [...] praticaram a justiça [...] alcançaram promessas [...] fecharam bocas de leões [...] enfrentaram o fogo [...] foram torturados, presos, apedrejados [...] pessoas das quais o mundo não era digno”. Hebreus 11.1-40. Fé é uma confiança inabalável nas promessas de Deus. Foi isso que moveu estas pessoas. Fé é o ingrediente essencial no nosso relacionamento com Deus. A Bíblia diz: “Ora, sem fé é impossível agradar a Deus, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que recompensa os que o buscam”. Hebreus 11.6. A fé verdadeira é aquela que é depositada em Deus.


Paulo Rocha - obr.pauloroch@gmail.com

segunda-feira, 21 de junho de 2010

A Maldade Humana

Várias notícias tem nos assombrado diariamente, principalmente aquelas em que vidas humanas são ceifadas das formas mais estúpidas e incompreensíveis. Assassinatos, homens e carros-bombas, guerras etc.. Como entender as várias atrocidades cometidas entre os seres humanos? Há poucos dias uma professora de Harvard, doutora em genética, casada e mãe de três filhos, sacou uma arma e atirou em seis de seus colegas matando três deles. O motivo: não fora promovida a professora titular. Um motivo fútil! Temos visto juízes, médicos, religiosos advogados e todo o tipo de profissionais altamente capacitados cometerem as mais tristes barbáries. Como explicar que a maldade está em todos os seres humanos, independente do grau de conhecimento?
A explicação da maldade humana encontra-se nas Escrituras. A Bíblia diz: “E falou Caim com o seu irmão Abel; e sucedeu que, estando eles no campo, se levantou Caim contra seu irmão e o matou”. Gênesis 4.8. A primeira morte registrada não aconteceu por causa de velhice, doença ou acidente. Trata-se de um assassinato, não entre inimigos, mas dentro de uma mesma família. Irmão contra irmão. Assim como a queda foi a conseqüência da desobediência do ser humano a Deus, o primeiro crime decorreu da desobediência de Caim ao alerta de Deus: “... Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, Mas a ti cumpre dominá-lo”. Gênesis 4.7. Caim deixou o ciúme virar raiva e a raiva, assassinato. Se os homens não olharem para dentro de si e verem que são pecadores, precisando reconciliar-se com Deus, continuarão cometendo todo o tipo de maldade. Independente de conhecimento ou posição. A Bíblia diz: “Por que do interior do coração dos homens saem os maus pensamentos, os adultérios, as prostituições, os homicídios, os furtos, a avareza, as maldades, o engano, a dissolução, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Marcos 4.21,22. Somente entregando nossa vida à Cristo esta triste realidade interna pode ser mudada. A Bíblia diz: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas passaram já passaram; eis que tudo se fez novo”. 2º Coríntios 5.17. Cristo muda a realidade interna do ser humano, o que se reflete na sua realidade externa.


Paulo Rocha – obr.pauloroch@gmail.com

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Cazuza, um Herói?

Uma psicóloga que assistiu ao filme escreveu o seguinte texto: “Fui ver o filme Cazuza há alguns dias e me deparei com uma coisa estarrecedora: “As pessoas estão cultivando ídolos errados. Como podemos cultivar um ídolo como Cazuza?”. Concordo que suas letras são muito tocantes, mas reverenciar um marginal como ele, é, no mínimo, inadmissível. Marginal, sim, pois Cazuza foi uma pessoa que viveu à margem da sociedade, pelo menos uma sociedade que tentamos construir (ao menos eu) com conceitos de certo e errado”.


Ela prossegue: “No filme, vi um rapaz mimado, filhinho de papai que nunca precisou trabalhar para conseguir nada, já tinha tudo nas mãos. A mãe vivia para satisfazer as suas vontades e loucuras. O pai preferiu se afastar das suas responsabilidades e deixou a vida correr solta. São esses pais que devemos ter como exemplo? Cazuza só começou a gravar porque o pai era diretor de uma grande gravadora. Existem vários talentos que não são revelados por falta de oportunidade ou por não terem algum conhecido importante.


Em sua análise mais drástica ela diz: “Cazuza era um traficante, como sua mãe revela no livro, admitiu que ele trouxe drogas da Inglaterra, um verdadeiro criminoso. Concordo com o juiz Siro Darlan quando ele diz que a única diferença entre Cazuza e Fernandinho Beira-Mar é que um nasceu na zona sul e outro não. Fiquei horrorizada com o culto que fizeram a esse rapaz, principalmente por minha filha adolescente ter visto o filme. Precisei conversar muito para que ela não começasse a pensar que usar drogas, participar de bacanais, beber até cair e outras coisas, fossem certas, já que foi isso que o filme mostrou. Por que não são feitos filmes de pessoas realmente importantes que tenham algo de bom para essa juventude já tão transviada? Será que ser correto não dá Ibope, não rende bilheteria? Como ensina o comercial da Fiat, precisamos rever nossos conceitos, só assim teremos um mundo melhor”.


Ela deixa um alerta: “Devo lembrar aos pais que a morte de Cazuza foi conseqüência da educação errônea a que foi submetido. Será que Cazuza teria morrido do mesmo jeito se tivesse tido pais que dissessem NÃO quando necessário? Lembrem-se, dizer NÃO é a prova mais difícil de amor. Não deixem seus filhos à revelia para que não precisem se arrepender mais tarde. A principal função dos pais é educar. Não se preocupem em ser 'amigo' de seus filhos. Eduque-os e mais tarde eles verão que você foi à pessoa que mais os amou e foi, é, e sempre será, o seu melhor amigo, pois amigo não diz SIM sempre”.


Karla Christine - Psicóloga Clínica



sexta-feira, 4 de junho de 2010

A Salvação Vem de Deus.

Muitos tentam alcançar a salvação. São vários os meios que o ser humano usa, para de alguma forma tentar reconciliar-se com Deus e ter a consciência tranqüila de que está em paz com o seu Criador. Muitos alegam que o simples fato de estar em alguma igreja basta. Uns apegam-se a religião, usando seus meios na tentativa de alcançar o favor de Deus. Outros praticam boas obras, crêem que com isto tem lugar garantido no céu. Há ainda quem ache que uma vida de moralidade irretocável seja a garantia de alcançar o favor dos céus. Quando nos apegamos a estas coisas, sempre vamos deixar o essencial de lado: O sacrifício de Cristo por nós. Igreja, religião, boas obras e moralidade, sem Jesus, é escravidão. O homem nada pode fazer para merecer a salvação. Qualquer sacrifício nosso não tem poder de lavar pecados e obter o favor de Deus. Oswald Smith escreve: “Há muito tempo atrás, Jesus exclamou: “Está consumado!”. João 19.30. Que pode o homem acrescentar a uma obra terminada? Se a moralidade, se a justiça humana é suficiente, então Cristo não tinha necessidade de morrer”.


Gosto de ver como homens de Deus sabiam da sua necessidade de um Salvador. A Bíblia diz: “Esta é uma palavra fiel e digna de toda a aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal”. 1° Timóteo 1.15. O apóstolo Paulo coloca-se entre os necessitados de um salvador. Sabia que pecadores necessitam de salvação e que não podem por mérito próprio alcançá-la. A Bíblia diz: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie”. Efésios 2.8,9. Oswald Smith nos diz ainda: “O homem nada pode fazer para salvar-se. Nas religiões feitas pelos homens, o sangue flui do homem para Deus. Isto é mérito. Mas no Cristianismo ele flui de Deus para o homem. Isso é graça!”.


Paulo Rocha – obr.pauloroch@gmail.com

terça-feira, 1 de junho de 2010

Grandioso Deus!

Uma das coisas fascinantes que temos tido o privilégio de ter acesso nestes nossos dias de alta tecnologia, são as imagens que o telescópio espacial Hubble envia para a terra. Uma das mais incríveis que pude observar foi uma foto de centenas de galáxias que jamais haviam sido vistas, mas que foram captadas pelas lentes deste poderoso aparelho. Olhando as imagens pensei: “Que universo maravilhoso e grande este em que vivemos”. Acredito que o tamanho do universo é de fato incalculável e estamos muito longe de chegar a um número que aproxime o seu tamanho. Isto me levou a uma reflexão: “Quão pequeno e insignificante eu sou diante de tudo isto”. Analisando a grandiosidade do universo, contrastado com a minha pequenez, pensei no Criador destas maravilhas. Que Deus maravilhoso e poderoso criou tudo isto. O mais fascinante é pensar que: “o criador é infinitamente maior que a sua criação”.


Mas existe algo mais maravilhoso ainda para se saber, que é o fato de que este Deus grandioso deseja se relacionar conosco. Qual é o segredo para termos este relacionamento com o Criador? A Bíblia diz: “Porque a minha mão fez todas estas coisas, e todas vieram a existir, diz o Senhor, mas o homem para quem olharei é este: o aflito e abatido de espírito e que treme da minha palavra”. Isaías 66.2. Os arrogantes, aqueles que se acham suficientes em si mesmos jamais poderão desfrutar deste privilégio. É necessário humildade. Aqueles que são capazes de se humilhar na presença de Deus, reconhecendo seus pecados, sua fragilidade e pequenez se aproximam do Senhor. Para isto é preciso usar o coração. A Bíblia diz: “Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração”. Jeremias 29.13. E lembre-se: “Coração humilde”.


Paulo Rocha

segunda-feira, 24 de maio de 2010

A Páscoa Verdadeira

As vezes ouço coisas que imaginei não ouviria mais. Vivendo na Era da Informação, muitas coisas ainda tem soado esquisito nos meus ouvidos. Informação errada é algo que não devia mais fazer parte dos grandes meios de comunicação e nem dos currículos escolares. E parece que algumas informações erradas insistem em se perpetuar. Há poucos dias me decepcionei. Uma grande emissora de comunicação apresentou uma reportagem sobre a festa de Páscoa comemorada em uma escola. A repórter, em certo momento, saiu com a seguinte pérola: “a festa de Páscoa estava completa, pois não faltou o seu personagem principal: O Coelho”. Senti vontade de gritar: “Por favor, parem de ensinar mentiras e fantasias para as pessoas”. Aqueles que têm o dever e o poder de educar tornam as pessoas ignorantes em relação a verdadeira Páscoa. Leiam a Bíblia. Lá descobrirão onde e porque surgiu a Páscoa. Leia Êxodo 12.1-51. Ela é símbolo de libertação e esperança de uma nova vida com Deus.


Não foi o coelho que morreu na cruz do Calvário, foi sepultado e ressuscitou! Foi o Filho de Deus. Ele se chama: “Jesus Cristo!”. João Batista teve a imagem exata da Páscoa. A Bíblia diz: “No dia seguinte, João viu Jesus vindo na direção dele e disse: Aí está o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!”. João 1.29. Deus enviou o seu Cordeiro Santo para nos libertar do poder do pecado que nos separa d’Ele. Para isso foi preciso sofrer, morrer e ressuscitar. Sim, Páscoa é tempo de celebrarmos a nossa libertação da escravidão do pecado. Através do sacrifício de Cristo somos aceitos por Deus.


Algo está errado! Se o Brasil é um país cristão, não é possível que o coelho se torne a principal figura em uma das datas mais importantes do cristianismo. Jesus é a nossa Páscoa verdadeira. Isto é o que deve ser ensinado em todos os cantos do mundo. Sejamos claro. Eu sou cristão, e é isto que creio.


Paulo Rocha

Palavra Eterna X Teorias

A reprodução em miniatura da explosão, que segundo alguns cientistas afirmam, foi a responsável pela criação do universo mexeu com o mundo. Medos e temores a parte, parece que tudo correu bem, sem “buracos negros”. O que me chamou a atenção não foi o sucesso da experiência, mas sim o que ouvi de um cientista. Questionado sobre quais conclusões se poderia chegar com a análise da “mini-explosão”, ele respondeu: “podemos chegar a conclusão que estávamos errados com a teoria do Big Bang e ter que começar tudo de novo”. Eu pensei: “Como assim? E o que foi ensinado até agora como verdade científica? Como fica? Se a tendência é esta, as conclusões de hoje, poderão mudar com novas descobertas mais tarde? Formularão uma nova teoria para ensinar como verdade? Não sou contra a ciência, sou contra as teorias que são ensinadas como verdades científicas.


Sou criacionista, guiado na Palavra de Deus que é imutável. A Bíblia diz: “Eu (O Senhor) fiz a terra e criei nela o homem; as minhas mãos estenderam os céus, e a todos os seus exércitos dei as minhas ordens”. (Isaías 45.12; Gênesis 1.1-2.3). Eu creio por causa da fidelidade de Deus. O que Deus disse e revelou para nós em Sua Palavra permanece. O que prometeu, cumpriu, o que está prometido se realizará com toda a certeza. Os homens e suas teorias mudam constantemente. Deixam um legado de incertezas, de procuras constantes que não satisfazem. A Bíblia diz: “... De fato, o povo é como a erva. A erva seca, a flor cai, mas a palavra do nosso Deus dura para sempre." Isaías 40.7,8. Acredito na Bíblia como a Palavra eterna de Deus. O apóstolo Pedro também cria assim. A Bíblia diz: “... mas a palavra do Senhor dura para sempre. ‘Esta é a palavra que o evangelho trouxe para vocês’”. 1º Pedro 1.25. As boas novas trazem o selo de garantia do próprio Deus. E a garantia como disse certo escritor é esta: “A Palavra de Deus não é antiga nem moderna, ela é eterna”. Que Deus nos abençoe!


Paulo Rocha

O Convite de Deus

Durante minhas férias ouvi a história do que aconteceu com uma senhora conhecida minha. Há anos a mesma sofre de uma dor terrível no quadril. Ela procurou o SUS e consultou um especialista que a encaminhou para exames de diagnóstico. Com o resultado dos exames em mãos, procurou o médico novamente. A análise médica concluiu que seria necessário encaminhar ela para a sala de cirurgia naquele mesmo dia e que a sua dor teria fim. Ela se recusou alegando vários motivos fúteis mesmo com a insistência do médico. Talvez esta história não tivesse grande importância se não fosse o fato de que quem necessita deste procedimento cirúrgico precisa esperar de dois a três anos na fila do SUS. A oportunidade estava diante dela, mas ela recusou com várias “desculpas esfarrapadas”. Não sei se ela terá outra chance e se tiver, esperará muito tempo sofrendo dores.


Meditando sobre esta história lembrei-me das pessoas que vivem uma vida sem sentido, adoecidas na sua alma, encurvadas com o peso do pecado e buscando respostas para a sua vida. Deus a cada dia tem ofertado a solução, o remédio para suas vidas. A Bíblia diz: “Venham a mim, todos vocês que estão cansados de carregar as suas pesadas cargas, e eu lhes darei descanso. Sejam meus seguidores e aprendam comigo porque sou bondoso e tenho um coração humilde; e vocês encontrarão descanso. Os deveres que eu exijo de vocês são fáceis, e a carga que eu ponho sobre vocês é leve”. Mateus 11.28-30. Eu pergunto: “quantas pessoas que estavam ouvindo o Senhor Jesus aceitaram seu convite?” “Quantas reconheceram suas mazelas e a necessidade de serem curadas e entregaram suas vidas?” “Quantas viram neste convite uma oportunidade única?” Mas existe a triste realidade que temos de questionar: “quantas pessoas se afastaram de Jesus dizendo que não era a hora ainda?” “Quantas desculpas esfarrapadas Jesus ouviu naquele dia de pessoas doentes, mas que não queriam ser curadas?” E você,que respostas tem dado aos convites que Deus tem lhe enviado. Hoje você tem mais uma oportunidade, pois ele diz: “Vinde a mim!”


Paulo Rocha

Vivendo na Espiritosfera

Ouvi esta palavra pela primeira vez de um aluno. É um termo novo para se referir pejorativamente ao mundo espiritual. Indica também a centralização da vida nas coisas espirituais, deixando de lado a realidade do cotidiano. O sociólogo Max Weber mencionou que no mundo da religião há diversos atores e, entre eles, os que operacionalizam a religião ou os “profissionais da religião”. Há o mago, que age de modo autônomo e é carismático no sentido de chamar pessoas a segui-lo; o sacerdote, que procura manter o funcionamento da religião e defende as suas instituições e crenças básicas; e o profeta, que, em geral, reage contra o que é instituído e, por isso, entra em confronto com o sacerdote.


Weber fala ainda de dois tipos de profetismo: o ascético, que conduz as pessoas, ainda que vivendo no mundo, a adotarem um distanciamento do modo mundano de se viver; e o místico, que se refere à atitude contemplativa do religioso a ponto de procurar se distanciar do mundo e pouco se importar com as questões éticas da vida. São dois extremos. E preocupa o fato de que tem havido um crescimento acentuado no tipo de profetismo místico no meio dos crentes. Parece que as pessoas estão mais preocupadas em “malhar a alma”, num adoracionismo desenfreado, sem se preocupar com seu papel no mundo do vivos. Isso não é adoração, mas adoracionismo, uma recente “síndrome” em que o crente se entrega de corpo e alma a uma espécie de transe espiritual, num ambiente de entretenimento e catarse. Acredita-se que a adoração, nesse sentido, seja produtora de milagres, sobretudo materiais.


Se no passado o salvacionismo era o eixo central não só da doutrina, mas da pregação, da liturgia e das práticas eclesiásticas, o adoracionismo, fruto de instintos humanos, vai acabar levando a igreja a uma vida anestesiada e descompromissada com o cotidiano. É como tentar viver no monte da transfiguração, contemplando as maravilhas de Deus, sem se dar conta de que lá embaixo há toda sorte de dramas e dilemas humanos. Acontece que viver na espiritosfera é perigoso. O maior risco é a desconexão da realidade. O adoracionismo não leva o crente a ter uma vida significativa e influente neste mundo caótico.


Está errado então adorar? Evangelizar? De modo algum. A adoração é o fim para o qual fomos criados e a salvação se refere a um importante passo para nos reconduzir a Deus. Os extremos é que são prejudiciais. O culto público há de ser resultado de nossa vida particular de comunhão com Deus e não um mero meio de extravasar nossos instintos. O equilíbrio é o caminho.


Lourenço Stélio Rega (O Jornal Batista, 29.11.09)