terça-feira, 26 de outubro de 2010

Fortaleça-se no Senhor

Como você tem se portado em momentos de grandes desafios? Quando surgem lutas e dificuldades, qual tem sido a sua postura? E diante de situações em que você é exigido ao limite? Não são poucos os momentos desgastantes que enfrentamos. Chegam sem pedir licença, nos atropelam nos tiram o chão e muitas vezes nos levam ao medo e ao desespero. Quem aparece nestas horas? Um lutador ou um derrotado? Um forte ou um fraco? Uma boa ou má pessoa? Uma frase muito interessante de Tomás de Kempis diz: “Quanta virtude cada um possui, melhor se manifesta na ocasião da adversidade; pois as ocasiões não fazem o homem fraco, mas revelam o que ele é”. Nossas máscaras caem em momentos de angústias. É nas situações mais tenebrosas que é revelada nossa força, nosso caráter e integridade. A Bíblia diz: “Se te mostras fraco no dia da angústia, a tua força é pequena”. Provérbios 24.10
Quantas pessoas caem diante das dificuldades? As adversidades surgem e testam suas forças e o mais íntimo do seu ser. Nestas horas o caráter é exposto, aparece a verdadeira pessoa escondida que não conhecíamos, nem nós mesmos. Os que confiam somente em suas próprias forças vão sucumbir, pois há situações que fogem ao controle da força e do conhecimento humano. Nestas horas em que o esforço próprio, o conhecimento e estruturas fracassam; o que fazer? Meu conselho é que você tenha confiança em Deus. Pessoas com uma fé inabalável em Deus vencem seus próprios limites, não por si mesmas, mas por causa d’Aquele em quem confiam. A Bíblia diz: “Dá força ao cansado e multiplica o poder ao que não tem nenhum vigor. Até os jovens se cansam e se fatigam, e os jovens tropeçam e caem, mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças. Subirão com asas como águias; correrão e não se cansarão, caminharão e não se fatigarão" Isaías 40. 29-31. Somente do Senhor vem a verdadeira força que pode nos levantar do chão, fortalecer o nosso caráter e nos manter íntegros.
Obreiro Paulo Rocha 

Negociando a Bênção com Deus - Igreja cédula

É como uma negociata, você quer alcançar uma bênção, resolver um problema, então faz uma proposta para Deus, uma promessa.

“A nossa igreja funciona, nós sabemos como colocar Deus para trabalhar para você!” esbraveja um famoso líder de uma grande igreja neo-pentecostal no Brasil. 

Em outras palavras ele pode estar dizendo que as outras igrejas não funcionam, só tomam tempo de você e, ainda mais, elas não conhecem Deus e não sabem como ele funciona, portanto, não conseguem fazer dar certo a religião que pregam. 

Por outro lado, esta publicidade tem sérias implicações bíblicas. Por exemplo, onde está na Bíblia que Deus tem de trabalhar para nós? Deus é Deus e nós suas criaturas, ele não precisa ser fiel a nós, mas nós a ele. Aliás, o hino em que diz “Deus é fiel a mim!” precisa de revisão. Neste sentido, o líder espiritual daquela igreja prega um evangelho essencialmente humanista e antropocêntrico e é nesta base que, para ele, Deus funciona. 

Ainda é preciso considerar que o “deus” daquele líder só funciona em troca de dinheiro, é um Deus cédula. Toma lá, dá cá. A mensagem dele é que se você quer uma bênção maior, precisa fazer um sacrifício maior. Para ele “sacrifício” é sinônimo de cédula, dinheiro vivo. 

Desta forma, toda vez que você quer receber algo de Deus e fica procurando o que pode fazer para agradá-lo, está seguindo o mesmo “protocolo” de acesso a Deus. É como uma negociata, você quer alcançar uma bênção, resolver um problema, então faz uma proposta para Deus, uma promessa se você me der isso, eu dou aquilo. Aí o Deus cédula vai ver se compensa e lhe responde. Se não der certo, você aumenta a proposta ou dificulta a penitência, para ver se pode agradá-lo. 

Se você, por exemplo, dá o dízimo ou alguma contribuição para a igreja seguindo este esquema está fazendo a mesma coisa. Sei que você vai mencionar Malaquias 3.10. E eu lhe peço para lembrar Lucas 9.23, quando Deus não quer apenas os seus 10%, mas 100% de sua vida. Vou lembrar ainda para você que Deus ama a quem dá com alegria (2 Co 9.7) e que a piedade aceita por Deus é com contentamento (1 Tm 6.6) e não por obrigação e, ainda mais, que as nossas justiças são como trapos de imundícia perante Deus (Isaías 64.6), isto é, por mais justo que eu queira ser, ainda assim, não consigo alcançar a justiça e retidão de Deus. Malaquias é da lei, o evangelho é da graça. Esqueça os 10% e dê 100%, tudo é de Deus. 

As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, elas se renovam a cada manhã (Lm 3.22,23). Eu não mereço nada, só devo gratidão ao Deus que me salvou e me revigorou com a sua graça. Tendo alimento, roupa e moradia, já é o suficiente (1 Tm 6.7,8). 

Lourenço Stelio Rega é teologo, educador e escritor

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Volte Pra Casa

A prática de usar coisas terrenas para esclarecer verdades celestiais não é uma tarefa fácil. Todavia, ocasionalmente, encontramos uma história, uma lenda ou fábula que transmite uma mensagem tão exatamente como centenas de sermões e com uma criatividade dez vezes maior. Esse é o caso da leitura abaixo. Eu a ouvi contada pela primeira vez por um pregador brasileiro em São Paulo. Embora a tivesse repetido inúmeras vezes, sua mensagem me aquece e me dá nova segurança sempre que faço uma recapitulação da história.
A casinha era simples mas adequada. Ela consistia de um quarto amplo numa rua empoeirada. Seu telhado de telhas vermelhas era um dentre os muitos naquele bairro pobre na periferia da cidade. Era uma casa confortável. Maria e sua filha, Cristina, haviam feito o possível para acrescentar cor às paredes cinzentas e calor ao chão de terra batida: um velho calendário, uma fotografia desbotada de um parente, um crucifixo de madeira. A mobília era modesta: um catre em cada lado do quarto, uma pia e um fogão a lenha.
O marido de Maria morrera quando Cristina era criança. A jovem mãe, recusando teimosamente casar-se de novo, arranjou um emprego e criou a filha do melhor modo que pôde. Agora, quinze anos mais tarde, os piores anos tinham passado. Embora o salário de doméstica recebido por Maria não lhes permitisse muitos luxos, ele era certo e fornecia às duas alimento e roupas. Cristina tinha também chegado a uma idade em que poderia arranjar um emprego e ajudar a mãe.
Alguns diziam que Cristina puxara à mãe em sua independência. Ela repelia a idéia de casar-se cedo e criar uma família, embora pudesse escolher entre vários pretendentes. Sua pele morena e olhos castanhos atraíam uma série de candidatos à sua porta. Ela tinha um jeito especial de jogar a cabeça para trás e encher o ambiente de riso. Tinha também aquela magia rara que algumas mulheres têm de fazer com que o homem se sinta um rei só por estar ao seu lado. Mas a sua maneira irônica de tratar as pessoas mantinha todos os homens a certa distância.
Cristina falava muito de ir para a cidade. Ela sonhava em trocar seu bairro poeirento por avenidas suntuosas e a vida citadina. Essa idéia horrorizava a mãe. Maria imediatamente lembrava Cristina dos males das cidades grandes. "As pessoas não conhecem você. Os empregos são difíceis de achar e a vida é cruel. Além disso, se fosse para lá, como iria viver?"
Maria sabia exatamente o que Cristina faria, ou teria de fazer para sustentar-se. Foi por isso que seu coração partiu-se ao acordar certa manhã e ver vazio o leito da filha. Maria soube na mesma hora para onde ela havia ido e sabia também o que deveria fazer para encontrá-la bem depressa. Jogou algumas roupas na mala, reuniu todo o dinheiro que tinha e saiu correndo de casa.
A caminho do ponto de ônibus entrou numa lojinha para a última compra. Fotos. Ela sentou-se na cabine de fotografia, fechou a cortina e tirou fotos suas, gastando quanto pôde. Com a bolsa cheia de fotografias preto-e-branco de si mesma, ela tomou o primeiro ônibus que saía para o Rio de Janeiro.
Maria tinha certeza que Cristina não conseguiria ganhar dinheiro com facilidade. Sabia, entretanto, que ela era teimosa demais para desistir. Quando o orgulho se encontra com a fome, o ser humano faz coisas que jamais pensava fazer antes. Tendo conhecimento disto, Maria começou suas busca. Bares, hotéis, boates, qualquer lugar onde pudesse haver uma meretriz ou prostituta. Foi a todos. E em cada lugar deixou sua foto — colada no espelho do banheiro, pregada num quadro de avisos de hotel, presa numa cabine telefônica. E no verso de cada uma escreveu uma nota.
Não demorou muito para que o dinheiro e as fotografias acabassem e Maria teve de voltar para casa. A mãe cansada chorou enquanto o ônibus iniciava sua longa jornada de volta para sua cidadezinha.
Algumas semanas depois a jovem Cristina desceu as escadas do hotel. Seu rosto mostrava-se pálido. Seus olhos castanhos não dançavam mais, alegres e buliçosos, mas falavam de sofrimento e medo. Seu riso se fora. Os sonhos que tivera se transformaram em pesadelo. Mil vezes quisera trocar aqueles inúmeros leitos por seu catre seguro. Todavia, a cidadezinha em que vivera se tornara de muitas formas distante demais.
Ao chegar ao pé da escada, seus olhos notaram um rosto familiar. Ela olhou de novo e ali no espelho do saguão estava uma fotografia da mãe. Os olhos de Cristina queimaram e sua garganta contraiu-se, enquanto atravessava o salão e removia a pequena foto. Escrita no verso da mesma achava-se este convite atraente: "O que quer que você tenha feito, o que quer que se tenha tornado, não importa. Por favor, volte para casa."
Foi o que ela fez.
"Ele (o Filho) que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser..."
Para mais meditações de Max Lucado visite o site www.iluminalma.com.br]
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O livro de Max Lucado do qual este capítulo foi extraído, "Seu Nome É Salvador", pode ser encomendado da Editora Vida Cristã.

O Homem no Buraco - "Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas; mas terá a luz da vida". João 8.12

Leiam Filipenses 2.5-8
1º Timóteo 1.15

Chico Xavier, Era um Cristão?

Uma importante reflexão de Antonio C. Costa para os nossos dias em que existe muita confusão em torno da palavra e do que é ser de fato um “cristão”.


O Chico Xavier não era cristão. Não estou usando o adjetivo como sinônimo de gente boa. Cristão é o nome que é dado aos discípulos de Cristo aqueles que procuram imitá-lo e submeter sua vida intelectual a ele. Cristo nunca ensinou que estamos pagando nessa vida pelos pecados que praticamos numa vida da qual não nos lembramos. Jamais vimos, um discípulo seu, ser estimulado a buscar contato com seres humanos mortos. Quem anda com Cristo prefere a presença do Espírito Santo. 


Não há um só relato sequer nos evangelhos de sessões mediúnicas. Nenhum discípulo jamais passou pela experiência súbita de despersonalização em razão de haver sido possuído pelo espírito de um ser humano morto. Só vemos os discípulos recebendo o Espírito Santo, que quando veio sobre eles, os tornou mais eles do que eles jamais o foram, uma vez que o que neles havia de melhor se manifestou. 

Quando os discípulos escreviam, tratavam de orar, pensar e contar com seus próprios pensamentos e obra de revelação do Espírito Santo. Não havia psicografia, mas iluminação que respeitava sua individualidade. Os 27 livros do Novo Testamento mostram as características individuais de cada um. Todos foram honrados pelo Deus que se agradava em usá-los, a partir da revelação única que fazia de si mesmo por meio da singularidade da vida dos seus servos.

Eles não aguardavam reencarnação. Se alguém lhes dissesse que suas esperanças consistiam num retorno para esse presente mundo de injustiça e miséria, eles chorariam amargamente, uma vez que todos aguardavam novos céus e nova terra.

Eles praticavam obras de amor, mas jamais com o intuito de retornarem para uma vida melhor após a morte. Eles dependiam do sangue de Cristo para o perdão de pecado, e o bem que faziam, faziam-no porque amavam a Deus, e encontravam-se em estado de encanto, gratidão e espanto com o amor que lhes fora revelado na cruz.

Em suma, Chico Xavier não era cristão, pois ensinava espiritismo, não cristianismo.
Antonio C. Costa

Carta de Deus Para Você - Assista e Aceite o Amor de Deus