quinta-feira, 24 de novembro de 2011

A Fé Verdadeira Gera Compromisso

Para muitos cristãos, Cristo é um pouco mais que uma ideia. Ele não é um fato. Milhões de Cristão professos falam como se Ele fosse real e agem como se Ele não fosse. E sempre nossa verdadeira posição se faz manifesta pelo modo como agimos, não pelo que falamos.
Podemos provar nossa fé por meio do nosso compromisso com ela, e não de outra forma. Qualquer fé que não conduz aquele que a sustenta não é verdadeira; não passa de uma pseudofé e pode abalar profundamente alguns de nós se formos colocados frente a frente com nossas convicções e forçados a testá-las nas labaredas da vida prática.
Muitos de nós cristãos, tornamo-nos habilidosos em organizar a nossa vida de forma a admitir a verdade do Cristianismo sem ficarmos envergonhados com suas implicações. Dispomos as coisas de modo que possamos nos dar bem o bastante sem a ajuda divina, ao mesmo tempo em que, ostensivamente a buscamos. Vangloriamo-nos no Senhor, mas vigiamos atentamente para que nunca nos encontremos em uma situação de dependência d’Ele. “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” Jeremias 17.9
A pseudofé sempre arruma uma saída no caso de Deus “falhar”. A verdadeira fé conhece apenas um caminho e se dá o prazer de ser desprovida de um segundo caminho ou de substitutos paliativos. Para a verdadeira fé, ou é Deus ou é a queda total. E não faz sentido Adão ter primeiro aparecido na terra tivesse Deus falhado com o único homem ou mulher que n’Ele confiou.
O homem que tem uma pseudofé lutará por sua crença em termos verbais, mas se recusará terminantemente a permitir que seja colocado em uma situação onde o futuro deverá depender desta fé como sendo algo verdadeiro. Ele sempre se mune de formas secundárias de fuga para que tenha uma saída, caso o teto venha a desabar.
O que precisamos urgentemente nestes dias é de um grupo de cristãos que estejam preparados para confiar totalmente em Deus, tanto agora, como no último dia. Para cada um de nós certamente está prestes a chegar o tempo em que não teremos outra coisa senão Deus. Saúde, riqueza, amigos, esconderijos desaparecerão e teremos apenas Deus. Para o homem que tem a pseudofé, esta é uma ideia apavorante, mas para o que tem a fé verdadeira é uma das ideias mais confortantes que o coração pode nutrir.
Seria uma tragédia, de fato, chegar ao lugar onde não temos outra coisa senão Deus e descobrir que não confiamos realmente n’Ele durante nossa passagem pela terra. “Não é toda pessoa que me chama de "Senhor, Senhor" que entrará no Reino do Céu, mas somente quem faz a vontade do meu Pai, que está no céu”. Mateus 7.21

 Seria melhor convidar Deus para pôr fim a toda confiança falsa, libertar nosso coração de todos os recônditos secretos e nos levar a um lugar exposto para que possamos descobrir, por nós mesmos, se realmente confiamos n’Ele ou não. Este é um remédio terrível, porém infalível, para as nossas dificuldades. Remédios menos fortes podem ser muito fracos para a realização desta obra. E o tempo está passando diante de nós.
Texto extraído do Livro VERDADEIRAS PROFECIAS de A. W. Tozer – p. 177,178
Oremos: Senhor, ajuda nos a vivermos a fé verdadeira, aquela que te agrada, para que possamos experimentar na vida diária a dependência e poder que vem de Ti. Tira do nosso coração toda falsidade que impede a verdadeira fé e que habite ali somente a Tua Palavra para que, somente por ela nos guiemos. Em nome de Jesus, amém!
Versículo para decorar: “Ó Deus, examina-me e conhece o meu coração! Prova-me e conhece os meus pensamentos. Vê se há em mim algum pecado e guia-me pelo caminho eterno”. Salmo 139.23,24

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Celebração da Vida


Gostaria francamente que não houvesse o Dia de Finados, ou "Dia dos Mortos". Meu desejo, neste dia, é de que as pessoas fossem aos cemitérios cheias de esperanças. Não com sentimentos de perdas eternas, cheios de dúvidas e confusos em relação ao além túmulo e ao futuro. Que as lágrimas derramadas pudessem ser motivadas também pela alegria e doce esperança de um breve encontro. Que elas escorressem no rosto das pessoas não somente pelo “adeus”, mas pelo “até breve!”. Alegraria-me de ver nas lápides a palavra: “Logo mataremos a saudade” e não “saudades eternas” como se o reencontro fosse algo impossível de acontecer.
Me entristece saber que poucas pessoas conhecem a maravilhosa promessa do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo que diz: “Então Jesus afirmou: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá ...”. João 11.25. Quando confrontado pelos Saduceus que não criam na ressurreição Jesus deu uma resposta que também nos enche de esperança. Ele falou: “E, quanto à ressurreição dos mortos, será que vocês nunca leram o que Deus disse? Ele afirmou: "Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó." E Deus não é Deus dos mortos e sim dos vivos”. Mateus 22.31,32

            Seria bom que hoje fosse para as pessoas a celebração da vida que temos em Cristo Jesus. Não somente a vida presente, mas a vida eterna que já é e há de se manifestar em todos aqueles que entregaram suas vidas a Jesus. Gostaria que as pessoas celebrassem uma viva esperança a qual somos chamados em Jesus. A Bíblia diz: “Louvemos ao Deus e Pai do nosso Senhor Jesus Cristo! Por causa da sua grande misericórdia, ele nos deu uma nova vida pela ressurreição de Jesus Cristo. Por isso o nosso coração está cheio de uma esperança viva”. 1ªPedro 1.3.

            Creio que Deus tem algo maravilhoso para nós. Tudo o que vemos hoje passará e Deus fará novas todas as coisas. Tudo aquilo que hoje é motivo de separação e tristeza um dia acabará. Existe um futuro maravilhoso a espera de todos os filhos de Deus. A Bíblia diz: “Então vi um novo céu e uma nova terra. O primeiro céu e a primeira terra desapareceram, e o mar sumiu. E vi a Cidade Santa, a nova Jerusalém, que descia do céu. Ela vinha de Deus, enfeitada e preparada, vestida como uma noiva que vai se encontrar com o noivo. Ouvi uma voz forte que vinha do trono, a qual disse: Agora a morada de Deus está entre os seres humanos! Deus vai morar com eles, e eles serão o seu povo. O próprio Deus estará com eles e será o Deus deles. Ele enxugará dos olhos deles todas as lágrimas. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor. As coisas velhas já passaram”. Apocalipse 21.1-4. Como filhos de Deus, temos motivo suficiente para celebrarmos a vida. Que Deus nos abençoe.

Oremos: Senhor Deus e Pai da vida verdadeira. Tenha misericórdia de todos aqueles que neste dia estão sem esperança nenhuma. Que eles possam conhecer a verdade e saber que o Senhor tem a disposição de todos aqueles que acreditam no teu Filho um futuro cheio de vida sem fim. Somos gratos pela viva esperança em Cristo Jesus de um futuro na tua presença. Em nome de Jesus eu oro, amém!

Pastor Paulo Rocha

A Verdadeira Riqueza

Lembro-me de uma conversa que minha mãe teve com um vizinho nosso quando morávamos no interior. A conversa se desenrolava em torno das constantes enfermidades que o homem enfrentava, mas que o mesmo dizia: “Não tenho tempo de consultar, tenho de trabalhar e ajuntar dinheiro para deixar para os filhos!”. O conselho de minha mãe diante desta colocação foi fantástico. Ela disse: “Olha vizinho, caminhão de mudança não segue o enterro”.
Para reforçar o ensino de minha mãe há algum tempo atrás assisti uma reportagem que falava sobre os Faraós. Nela eu vi que eles eram enterrados com os seus tesouros. Tudo o que pertencia a eles nesta vida era colocado junto ao seu corpo, inclusive seus escravos para, segundo a sua crença ser usado na outra vida, pois os mesmos acreditavam na ressurreição (não como cremos como cristãos), por isso o embalsamento do corpo. Esta reportagem apresentou algumas situações que os Faraós não contavam. Quero falar de duas. Primeiro: muitos túmulos que foram descobertos tiveram as riquezas ali encontradas saqueadas. Segundo: os objetos que não foram saqueados estão em exposição em alguns museus, inclusive o sarcófago contendo o corpo do Faraó mumificado.
Lembrei-me de do ensinamento de Jesus no Sermão do Monte. A Bíblia diz: “Não ajuntem riquezas aqui na terra, onde as traças e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e roubam. Pelo contrário, ajuntem riquezas no céu, onde as traças e a ferrugem não podem destruí-las, e os ladrões não podem arrombar e roubá-las. Pois onde estiverem as suas riquezas, aí estará o coração de vocês”. Mateus 6.19-21.
Como é triste a realidade das pessoas que entesouram no lugar errado. Aqueles que levam para o túmulo, somente riquezas terrenas, são pobres e miseráveis. Muitos são ricos pra o mundo, mas para Deus não possuem nenhuma riqueza. Tem a sua conta bancária recheada, mas o lugar da verdadeira riqueza eles não conhecem. Ignoram o lugar do verdadeiro depósito. São ricos de riquezas passageiras e instáveis, mas mendigos de valores eternos. Nosso vizinho e os faraós creio eu, são exemplos de erros que devemos evitar. Eles podem se tornar irremediáveis.
Nunca esqueci a conversa e a resposta de minha mãe. O ensino do Mestre é claro e não deixa dúvidas. O conselho de mamãe, e o que Jesus falou, continua ainda a ecoar em meus ouvidos. Juntos, selam um ensino em meu coração que seguido me leva a uma reflexão profunda sobre os verdadeiros valores pelos quais devo lutar. Trazem-me para o foco das verdadeiras riquezas. Embora as riquezas terrenas e passageiras me assediem, os ensinamentos de Jesus e de minha mãe me ajudam a manter os pés no chão e os olhos no que é eterno.
Oremos: Senhor Deus, nos ajude a firmarmos os nossos passos no teu caminho, tendo a sabedoria que vem do alto para sempre reconhecermos as verdadeiras riquezas. Que jamais sejamos ofuscados pelo falso brilho das riquezas passageiras. Em nome de Jesus eu oro, amém!
Pastor Paulo Rocha

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Deus é Deus

Existe uma frase, que na verdade é um questionamento profundo para a nossa vida. Ela diz: “Deus sem você continua sendo Deus; e você sem Deus o que é?”. Basta somente a humildade para reconhecermos que sem Deus voltaríamos a nossa origem, ou seja: “o pó”. De lá a mão do Todo-Poderoso nos tomou e nos moldou. Mas não somente isto, também soprou em nós o fôlego da vida e nos convidou a um relacionamento baseado na obediência. Quando o homem pecou, desobedecendo as ordens de Deus, Ele poderia acabar com tudo. Ele poderia ter acabado com o homem e começado um projeto novo. Quem o impediria? Quem o questionaria? A quem Deus prestaria contas? Por acaso Deus precisa de nós para a sua existência? Eliú colocou diante de Jó estas palavras: ““Se Deus quisesse, (ou se Deus pensasse somente em si) poderia fazer voltar para si o fôlego, a respiração da gente; então todas as pessoas morreriam juntas, no mesmo instante, e voltariam de novo para o pó”. Jó 34.14,15 Diante da ofensa do homem à Santidade de Deus Ele poderia fazer isso.
Mas graças a sua grande misericórdia, que dura para sempre, Deus nos amou antes da nossa criação. Não somos fruto do acaso, mas sim do amor de um Deus tremendo e amoroso. Somos amados por Ele! A Bíblia diz: “Vejam como é grande o amor do Pai por nós! O seu amor é tão grande, que somos chamados de filhos de Deus e somos, de fato, seus filhos. É por isso que o mundo não nos conhece, pois não conheceu a Deus”. 1ª João 3.1
Ele nos criou com um plano bem especial: “refletirmos a imagem do seu Filho, sermos da sua família e participarmos da sua glória”. A Bíblia diz: “Porque aqueles que já tinham sido escolhidos por Deus ele também separou a fim de se tornarem parecidos com o seu Filho. Ele fez isso para que o Filho fosse o primeiro entre muitos irmãos. Assim Deus chamou os que havia separado. Não somente os chamou, mas também os aceitou; e não somente os aceitou, mas também repartiu a sua glória com eles”. Romanos 8.29,30. O melhor é que este é um projeto eterno de Deus para nós.
Em troca de tão grandes bênçãos Deus não pede muito. Ele deseja apenas o retorno do nosso coração a Sua vontade. A Bíblia diz: “Dá-me, filho meu, o teu coração, e os teus olhos se agradem dos meus caminhos”. Provérbios 23.26. Entregar o coração é entregar a vida ao controle d’Ele. Agradarmos-nos do seu caminho é deixarmos que o Seu Reino venha sobre nós. Aceitemos o fato de que o que precisamos e nos dá sentido a vida está em Deus. Quão grandes coisas Deus fez por nós! Não merecíamos. Deus nos ama, então, desfrutemos deste amor. Ele é gratuito, mas lembre-se que ele custou caro para Deus.
Oremos: Senhor, obrigado pelo grande amor, imerecido, derramado sobre as nossas vidas. Não precisas de nós, mas precisamos de ti. Sem o teu cuidado e amor somos pó e cinza. Diante de tudo isso podemos apenas orar como Isaías: “Mas agora, ó SENHOR, tu és nosso Pai, nós somos o barro, e tu, o nosso oleiro; e todos nós, obra das tuas mãos”. Isaías 64.8. Queremos te adorar simplesmente por seres Deus soberano. Graças te damos em nome de Jesus, amém!
Pastor Paulo Rocha