sexta-feira, 1 de abril de 2011

Respeitando os Marcos

Quando conheci Linha Formosa em Vale do Sol, algo me chamou a atenção. Caminhando com um conhecido em sua propriedade, notei que não havia cercas de arame para separar as suas terras e as do seu vizinho. O fato é que, desde que herdaram aquelas terras o que delimita as divisas são os marcos de pedra, enterrados no chão, que criam uma linha invisível, mas respeitada por todos. Ali todos sabem os seus limites, até onde podem ir sem invadir o que é do outro. Isto foi passado de geração em geração pelos pais. Embora morando ali por mais de oitenta anos ele falou que nunca teve problemas, o seu espaço nunca foi invadido, sempre foi respeitado.

Que bom seria se em nossos relacionamentos seguíssemos o mesmo modelo. A Bíblia diz: “Não removas os marcos antigos que puseram teus pais” Provérbios 22.28. Mais que marcos que delimitam propriedades, são os marcos no nosso caráter que regem o nosso relacionamento com Deus e com o próximo. Quando Deus nos deu os seus mandamentos (Êxodo 20. 1-17), estava colocando marcos para vivermos uma vida íntegra e de excelência. Se respeitássemos estes marcos teríamos uma vida de devoção somente a Deus, adorando-o em espírito e em verdade. Seu altar estaria no nosso coração, não haveria lugar para adoração a obras feitas por mãos humanas, seu nome seria temido e não seria tomado em vão. Um dia de descanso semanal seria respeitado para o conhecermos mais através da meditação na sua Palavra e na reflexão das suas obras.

Nos relacionamentos com nossos semelhantes haveria respeito aos pais e eles seriam honrados. A vida seria valorizada como um bem divino. Não haveria destruição de famílias através do adultério, não precisaríamos viver cercados com medo de sermos roubados, a mentira não teria lugar para destruir a nossa confiança e poderíamos habitar em segurança sabendo que ninguém cobiçaria o que é nosso.

Aos pais cabe a missão de ensinar os mandamentos de Deus aos filhos. Os problemas sociais que enfrentamos hoje estão relacionados ao esquecimento deste “marcos” que deixaram de ser incutidos nos corações dos filhos.
Obreiro Paulo Rocha


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