“Quanto
a mim, a hora já chegou de eu ser sacrificado, e já é tempo de deixar esta
vida. Fiz o melhor que pude na corrida, cheguei até o fim, conservei a fé. E
agora está me esperando o prêmio da vitória, que é dado para quem vive uma vida
correta, o prêmio que o Senhor, o justo Juiz, me dará naquele Dia, e não
somente a mim, mas a todos os que esperam, com amor, a sua vinda”. 2ª Timóteo 4.6-8
A
esperança é a última que morre! Este é um velho ditado a que seguido recorremos
para validar nossa expectativa de que algo se concretize em nossa vida. O ruim
é que podemos morrer e nossa esperança morrer junto. Bem, posso dizer que o
cristão morre cheio de esperanças. E a esperança que temos não morre. E nós
morremos para viver de fato. Parece loucura! Mas a vida cristã é cheia de
promessas além túmulo. A vida verdadeira não é esta cheia de aflição e
canseira. Vida que alcançamos se houver vigor, alguns anos que passam voando para
depois desaparecermos segundo o salmista: “Só vivemos uns setenta
anos, e os mais fortes chegam aos oitenta, mas esses anos só trazem canseira e
aflições. A vida passa logo, e nós desaparecemos”. Salmos 90.10
Nos versículos iniciais
vemos alguém descrevendo sua esperança mesmo com a morte as portas. Paulo não
estava delirando, mesmo sabendo que a hora da sua morte se aproximava. Receber
o prêmio da vitória além túmulo era uma realidade. Não são palavras de um
louco, mas de alguém que sabia para onde estava correndo e o que o esperava . Ele
havia corrido segundo as normas estabelecidas por Deus.
O apóstolo pregava e
defendia bem a esperança em que estava firmado. Ele sabia que ela veio dos céus
através do Filho de Deus: “Então Jesus afirmou: Eu sou a ressurreição e a vida.
Quem crê em mim, ainda que morra, viverá”. João
11.25. Baseado na autoridade de quem fez a promessa ele não somente
pregava, mas vivia a expectativa da esperança da vida eterna. Lembrando: Vida
Eterna com Deus para sempre. Vida com sentido verdadeiro. Por isso, o que para
muitos é um terror e algo sem sentido: “a morte”, para Paulo era visto de
maneira diferente. Aos Filipenses ele escreve: “Pois para mim viver é Cristo, e
morrer é lucro. Mas, se eu continuar vivendo, poderei ainda fazer algum
trabalho útil. Então não sei o que devo escolher. Estou cercado pelos dois
lados, pois quero muito deixar esta vida e estar com Cristo, o que é bem
melhor. Porém, por causa de vocês, é muito mais necessário que eu continue a
viver”. Filipenses 1.21-24.
Quando Paulo escreve: “e já é tempo de deixar esta vida”. 2ª
Timóteo 4.6b, não vemos nem um sinal de tristeza, injustiça, vacilo ou resignação
contra a sua passagem desta vida. Não! É uma frase cheia de expectativa de que
as suas mais nobres aspirações estão para se cumprir. A morte é apenas a
passagem para estarmos com Cristo. Esta esperança viva fazia existir uma tensão
dentro de Paulo. Continuar neste mundo, ou partir pra viver com Cristo, o que é
infinitamente melhor? Não eram as mazelas deste mundo que faziam Paulo desejar
a vida por vir, mas sim, a expectativa de estar com o seu Senhor e salvador
Jesus Cristo. Não era uma fuga cega, mas uma corrida cheia de certezas. Pois
ele sempre deixou bem claro sua posição em relação a sua esperança e assim
questiona aos Coríntios: “Se a nossa esperança em Cristo só vale para esta
vida, nós somos as pessoas mais infelizes deste mundo”. 1ª Coríntios 15.19. Aos Colossenses ele exorta: “Quando a
verdadeira mensagem, a boa notícia do evangelho, chegou a vocês pela primeira
vez, vocês ouviram falar a respeito da esperança que o evangelho oferece. Por
isso, a fé e o amor que vocês têm são baseados naquilo que esperam e que está
guardado para vocês no céu”. Colossenses
1.5
Nossa esperança não morre!
Ela deve ser cultivada, regada, mantida viva, pois não falhará. Ela é baseada
nas fiéis promessas de Deus, que sempre cumpre o que promete. Jamais falhou ou
mentiu. O escritor de Hebreus afirma: “Guardemos firmemente a esperança da fé
que anunciamos, pois podemos confiar que Deus cumprirá as suas promessas”. Hebreus 10.23. Escrevendo a Tito, o
apóstolo Paulo declara: “... que se baseia na esperança de recebermos a vida
eterna. Deus, que não mente, nos prometeu essa vida, antes do começo dos tempos
...” Tito 1.2
A
esperança do crente em Jesus não morre, assim como aquele que n’Ele crê não
morrerá. É uma esperança viva, sobre ela
a morte não tem poder. Ela tem o selo das promessas de Deus que não confundem,
nem se desvanecem. É segura! Não precisamos temer que ela venha a ser a última
a morrer. Isto é impossível! A promessa deixada no livro de Hebreus nos remete
a entrarmos com ela nos Santos dos Santos celestial: “Essa esperança mantém
segura e firme a nossa vida, assim como a âncora mantém seguro o barco. Ela
passa pela cortina do templo do céu e entra no Santíssimo Lugar celestial”.
Hebreus 6.19. Glórias a Deus!
Cristãos,
não abdiquem da vossa esperança. Continuem firmes, ela tem grande
galardão. O escritor de Hebreus nos admoesta: “O nosso profundo desejo é que
cada um de vocês continue com entusiasmo (cheios de esperança) até o fim, para
que, de fato, recebam o que esperam. Hebreus
6.11. Chegaremos com entusiasmo no final mantendo acesa nossa esperança.
Que
Deus nos abençoe! Como escreveu o salmista: “Somente em Deus eu encontro paz e
nele ponho a minha esperança. Salmos
62.5
Pr. Paulo Rocha
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